365 dias de quarentena

Completamos nesse mês de março, um ano de pandemia, um ano em que as consequências do vírus COVID 19 trouxeram os mais diversos questionamentos em todos os âmbitos, sociais, econômicos, políticos...

Em março de 2020 jamais imaginariamos que um ano depois estariamos aqui em um cenário ainda pior do que o cenário em que estávamos antes. A quarentena de 2020 acabou, mas estamos vivendo um cenário ainda pior, fake news, fome, vacinação lenta...

Qual é a luz no fim do túnel?


Estamos mais uma vez na quaresma, mas a magia da páscoa não tem contaminado ninguém e os ovos de páscoa estão dependurados nos tetos das lojas fechadas ou ganharam uma tímida sessão no supermercado, onde, praticamente somos obrigados a agir como se estivéssimos no bird box. 

Se neste período é comum fazermos algum tipo de promessa restritiva, seja não comer doce, ou tomar refrigerante ou evitar algumas plavras, pensamentos...
Em mais um ano de quaresma passados na quarentena, somos obrigados a um pouco mais que no ano passado em que foi tempo de refletir,  QUESTIONAR!


poder360.com.br

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Os dados acima nos mostram o quanto ainda estamos atrasados em vacinação, principalmente considerando-se que o Brasil é um dos poucos países no mundo a ter um sistema público de saúde que contempla toda a população de forma gratuita, o que facilitaria totalmente o acesso e as vainações. 

Não vou entrar muito em âmbitos políticos, pois haja página de escrita para contar todas as barbáries que temos visto nos noticiários nos últimos dias, episódios de puro descaso protagonizados pelo mais alto escalão da política brasileira, uma vergonha. 

Até os economistas em documento cujo trechos foram amplamente divulgados na TV já falaram sobre o óbvio: "não conseguimos pensar em melhora da economia sem um plano de contenção do vírus", Mandetta e Teich já haviam dito o mesmo anteriormente. Mas um novo ministro da saúde só foi emposado hoje né...

E facilmente chegamos à essa conclusão. Comércios fechados, salários reduzidos, aumento do desemprego, menos renda, menos consumo, itens de cesta báscia, gás, luz, combustível cada vez mais caros, redução no consumo, mais demissões, menos renda, ainda menos consumo... O cíclo vicioso da extrema pobresa que toda nação tenta, ou pelo menos deveria tentar, evitar. 

Uma pesquisa divulgada na Gazeta em 3 de março de 2021 mostra que, o consumo das famílias tem maior retração em 24 anos no Brasil. A pandemia frustrou previsão de crescimento para o ano passado e levou a maior queda no PIB brasileiro desde 1996.



Começou-se a falar sobre a pandemia aqui no Brasil em 11 de março e até então parecia algo um pouco distante, no fim de semana seguinte, foi uma avalanche de informações e então, a oficialização da suspensão das aulas à partir de 18/3/2020, já que algumas universidades e escolas já havíam parado por iniciativa própria. Até então, tudo retornaria ao normal dia 23/3, mas todos que acompanharam as notícias sabiam que seria inviável, mas alguém ousou imaginar que hoje, exatmente 365 dias depois ainda estariamos em isolamento social? E pior, colapso no sistema de saúde com a média de 100,08% dos leitos ocupados, considerando rede pública, particular e esperas? 

A taxa de ocupação de leitos de UTI  (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para a covid-19 em Minas Gerais bateu recorde nesta terça-feira (23/3/2021) ao chegar a 94,36%. De acordo com painel de monitoramento divulgado pelo governo estadual, duas regiões ultrapassaram o total de leitos disponíveis: Triângulo Sul e Leste do Sul.

A primeira, onde está localizada a cidade de Uberaba, a 540 km de Belo Horizonte, tem taxa de ocupação de 141%. A cada 100 pessoas internadas na região, 95% estão com covid-19. No caso da região Leste do Sul, a ocupação está em 106%. Não há mais leitos de terapia intensiva nas microrregiões de Ponte Nova e Manhuaçu.

Qual é a luz no fim do túnel?

QUESTIONAMENTO!!


Em um ano de pandemia não cabe mais "o que vamos fazer" nem "o que podemos fazer"...


A foto do cartaz usado acima, estava originalmente em uma postagem deste blog que fiz sobre as manifestações de 2013, onde, eu que sempre fui engajada em questionamentos sociais e políticos, também estive nas ruas no início dos movimentos, pedindo por um BRASIL melhor,

E parecia legítimo, parecia realmente que éramos a geração que estava cansada de aceitar todos os aumentos e leis autorgadas sobre nós, nos afundando em dívidas, desemprego e desespero. As frases eram inteligentíssimamente ligadas ao hino nacional em sua maioria e confesso que senti um imenso orgulho de ser brasileira e foi o meu primeiro contato com o patriotismo fora da copa do mundo.



E parecia legítimo, parecia realmente que éramos a geração que estava cansada de aceitar todos os aumentos e leis autorgadas sobre nós, nos afundando em dívidas, desemprego e desespero. As frases eram inteligentíssimamente ligadas ao hino nacional em sua maioria e confesso que senti um imenso orgulho de ser brasileira e foi o meu primeiro contato com o patriotismo fora da copa do mundo.


Fomos para as ruas buscando mudar o país, trazer mais transparência, mudança, cobrar políticas mais transparentes e uma condição melhor de vida, sem aumentos constantes em itens básicos, assim como redução de investimentos em pilares necessários como saúde e educação.

Mas as manifestações perderam o seu sentido inicial, ficaram violentas, com destruição de patromônio, pautas equivocadas e campanhas completamente fora daquilo pelo qual fomos para as ruas inicialmente. Prometendo mudanças e pelo "bem da copa no Brasil" as ruas foram deixadas e nos vimos enganados, a passagem do ônibus que foi o aumento estopim das manifestações subiu 3x em um ano, e em 2015 precisamos novamente falar sobre como a dignidade feminina ainda é negada para todas, mesmo quando se atinge o "cargo máximo de um país" presidente!

Esse blog post foi feito em julho de 2015 e recebi pela primeira vez comentários extremamente grotescos e misógenos que me fizeram repensar minha escrita sobre feminismo pela primeira. Quase seis anos depois e continuo escrevendo medindo as palavras para não ser alvo e conseguir seguir levantamento questionamentos tão necessários, a nossa luta, mulheres, que nunca acaba.

No mês das mulheres, mais uma vez precisamos lembrar que ainda temos que lutar por direitos básicos que são criados a cada ano, mas que temos que continuar lutando para termos. Jamais imaginaria que ainda hoje estaríamos tendo que criar hastags no twitter para pedir por direitos básicos e pior, para exigir que os direitos que já nos foram dados sejam mantidos, hoje mesmo fiz um story falando um poquinho sobre isso, confiram lá: @TLCARDOSO 



As mesmas mídias sociais que nos permitem lutar, também permitem reforçar estereótipos, preconceitos e criar uma falsa sensação de certeza nos colocando em bolhas onde nossas ideias são reafirmadas por quem pensa igual.

E então chegamos aos dias de hoje, com uma pandemia que assolou o mundo, mas que em sua maioria já vêm vendo a luz no fim do túnel, enquanto nós estamos sendo mal governados e desrespeitados, alternando entre liberdade total em uma quinzena, como se a pandemia simplesmente não existisse mais, desde que inteiramos 100 dias de quarentena e na outra quinzena um "lockdown a brasileira", onde fecha aquilo que se consegue ver e fiscalizar e o restante está debochando disso no tik tok, achando legal abrir a porta às escondidas para receber clientes, enquanto famílias são desoladas todos os dias, por um vírus que já era para estar controlado COM VACINA, não com "kit covid" que tem trazido mais mortes, problemas no fígado e falta de remédios para quem realmente precisa. 


 
E a luz no fim do fim do túnel brasileiro?
Estarmos todos juntos contra o negacionismo, que impede negociação de vacinas, aberturas de leitos e medidas, restritivas sim, mas opções impresssindíveis no resgardo às vidas...



O combate às fake news que tem impedido que idosos se vacinem, que as políticas públicas sejam cobradas, que o auxílio emergincial volte com um valor mínimo, que a pessoa consiga comer, pagar luz, água, gás e aluguel. Que possamos abrir os olhos e não mais enxergar apenas o político A, B ou C, esquerda e direita, 1,2 ou 3 e sim, enxergar os especialistas, que pesquisam, constatam e orientam o mundo todo quanto a gestão (pois não existe prevencão), do sistema de saúde, dos problemas sociais, da contenção do vírus e da vacinação em massa. 

Ajudar os vizinhos e amigos que por acaso estejam passando necessidades, olhar o próximo, ser paciênte nesse momento, empátia e compreensão também devem estr na linha de frente. Colaboração e cobrança nas frentes certas. Que o espírito de mudança que nos fez ir às ruas e manifestar em 2013 possa retornar cobrando uma verdadeira mudança no nosso país.


 

Que toda a tecnologia, recurso e ferramentas que temos em mãos sirva para colocarmos nossas ideias de melhora, não de crítica, mas de solução, de ideias de contenção do vírus, vacinação, superação, preservação da saúde física e mental de todos nós, que temos que continuar sendo produtivos, capazes e pensantes para que um dia possamos sair deste cenário, porque como coloquei no vídeo que divulguei nas mídias sociais na semana passada, bater récorde de mortes não pode ser o novo normal.  




Continue se cuidado...




Eu estou com você!!




Até a próxima
Th@is 
💋 




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