Semana da arte moderna - 100 anos - 1922

  A arte sempre teve, e obviamente ainda tem, um papel extremamente importante no "questionamento", sem dúvida, foi o que a semana da arte moderna de 1922 apresentou, no Brasil, em São Paulo. O movimento modernista brasileiro não só é homenageado pela quebra de paradigmas feitas na época, como também pela repercussão que se tem até hoje, cem anos depois. Inclusive, pois, relembrando e estudando a semana da arte moderna, ainda é possível trazer vários pontos "questionados" no movimento aos questionamentos de hoje, pois ainda se fazem necessários.

Imagem: Portal Mescla

A semana da arte moderna contou com apresentação, exposições e lançamento de arte "fora do padrão" para a época, em proporções e espaços para a pintura em regras de composição, rimas e acordes para poesias e músicas e claro, interferiu também em como se pensava a moda e se tornou um marco cultural.

Cinco daqueles modernistas, que se chamavam de "Grupo dos Cinco", hoje são clássicos da literatura e da pintura. Os escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia e as pintoras Anita Malfatti e Tarsila do Amaral - que estava em Paris da semana da moda, mas por sua arte conversar diretamente com o movimento, foi parte integrante dele.

Da esquerda para direita: Anita MalfattiMário de AndradeMenotti del PicchiaOswald de Andrade e Tarsila do Amaral
Imagem - Wikipedia


Todo o ano de 1920 foi marcado por eventos diversos derivados da semana moderna da arte. Os encontros se davam no 2º andar da casa de Mário de Andrade. Regados por música, poesia e discursões acaloradas sobre uma nova forma de arte, o movimento modernista brasileiro foi gerando frutos. Mas a "semana" se tornou emblemática e foi repercutida como o "despertar" da cultura nacional, pela arte sendo apresentada de forma disruptiva, "fora do comum", com seus contextos, cores e ideias por trás de cada produção...


Imagem - MCTI


O elo do "normal" que se rompeu, trouxe também discursões sociais, políticas, raciais e de direito à tona. Como a situação das mulheres que ainda não votavam, não tinham direito às suas heranças e sequer podiam explorar a arte de forma profissional, seguindo apenas dentro dos "limites" impostos por seus pais e subsequentemente por seus maridos...

Assim como a situação dos negros no país, a disparidade social, o papel da arte e acessibilidade da mesma, dentre outros assuntos importantes que ainda hoje são pautas debatidas e situações que necessitam de melhoras, mudanças e evoluções...

Se não viu a matéria da Folha que compartilhei pelo Story do Instagram, clica aqui e confere!

Obviamente, hoje, revisitando o movimento, sabemos que houveram muitos assuntos e pautas aquém do que é necessário hoje, mas, como muito bem colocado pela Lili Schwarcz precisamos falar sobre a semana da arte moderna, levando o anacronismo em consideração. Vou deixar aqui o vídeo dela super explicativo sobre o tema:


Ainda existe muito o que se discutir e alguns desses pontos, você pode conferir clicando aqui, mas o que fica, é a necessidade de vários "modernismos" ainda hojem em tempos considerados "Modernos", porém, onde ainda sofremos com preconceitos, discriminação, disparidade racial, social, de gênero, etc...





Até a próxima
Th@is
💋


Comentários

  1. Muito bom! A arte não é apenas para ser apreciada; também tem o seu papel de questionamento, romper barreiras e derrubar preconceitos.

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