A quarentena de 2020

Vocês já devem ter notado que eu tenho um pouco de dificuldade de levar esse blog a sério né rsrs
Vários começos, pausas e retornos, quando ví, já estava longe desde agosto de 2018. É que eu amo escrever mas manter um blog dá trabalho demais, e eu, que já tenho tanto trabalho, muitas vezes me deixo ausentar...

Mas essa QUARENTENA me fez retornar. Não sei se, no meio do caos, todos vocês perceberam que a quarentena que precede a Páscoa está acontecendo em meio a pandemia, em meio a "quarentena" de reclusão para não disseminarmos o "novo" Coronavírus.



"Novo" porque os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, porém o COVID-19 têm causado muitas mortes no mundo todo desde dezembro de 2019.

Mas esse post não é para falar especificamente desse vírus que tem mudado nossa rotina, nossas vidas e nossa forma de trabalhar, estudar, nos relacionar, pensar, enfim, viver. E que foi responsável pela minha volta ao blog depois de mais de um ano afastada. Estou aqui para falar dessa QUARENTENA de 2020, que "tá diferente né!"...




Se em toda quaresma fazemos algum tipo de promessa restritiva, seja para não comer doce, ou tomar refrigerante ou de plavras, nessa quarentena fomos forçados a fazer algo mais forte que ficar em casa. Refletir!

Começou-se a falar sobre a pandemia aqui no Brasil em 11 de março e até então parecia algo um pouco distante, eu, por exemplo, apesar de ter acompanhado as notícias da China, Itália e França, confesso que não estava me mantendo tão informada até que chegou ao Brasil. Fui saber um pouco mais e já se começava a falar em isolamento para freiar a curva da contaminação, acompanhei o que pude e então chegou sexta-feira.


Eu como boa mineira, desconfiada, resolvi não sair de casa e já comecei a orientar os mais próximos,  fiz até um post no Instagram pedindo calma, apesar de já alertar sobre a gravidade. Nos últimos tempos andei meio doente, (mas depois vou falar sobre isso com vocês - já prometi lá no Insta, no Face e no Youtube, uma hora vai rsrs), como estava ficando bem ruim em alguns dias, imunidade baixa e seguindo a recomendação dos órgãos de saúde, preferi não arriscar. Mas tudo ainda fluia normal e todo mundo sextou pela última vez, antes de começar um nine caos.

No fim de semana foi uma avalanche de informações e então, a oficialização da suspensão das aulas à partir de 18/3, já que algumas universidades e escolas já havíam parado por iniciativa própria. Até então, tudo retornaria ao normal dia 23/3, mas todos que acompanharam as notícias sabiam que seria inviável.


Começou-se o movimento "fique em casa" e a contagem de dias da quarentena dentro da quarentena. A quaresma, começou dia 26/2, pois começa sempre na quarta-feira de cinzas e desde então, muitos já começaram a fazer suas restrições e promessas, porém, 10 dias depois, o país já tomava medidas restritivas que começaram a mudar a vida de todos nós.

As escolas corriam para preparar sua comunicação e alterar planejamentos, as empresas discutiam suas novas configurações e contribuições, as pessoas tentavam se informar... E então, o óbvio: não teria como voltar dia 23/3. Nova suspensão das aulas até 31/3, que veio junto com a suspensão do funcionamento do comércio, dos restaurantes, dos bares e das empresas. Começou de vez o isolamento social.


Eu corri para a internet para buscar fontes seguras sobre o que realmente estava acontecendo, era um mine caos de pessoas em pânico, aluns minimizando e outros maximizando a situação, empresas e pessoas perdidas.

Alguns compartilhando em seus perfis sua rotina de home office, alguns já pirando com os filhos em casa, artistas "sofrendo" por ter que cuidar da casa e dos filhos "sozinhos" (ou com a ajuda de empregados que ficaram na casa para ajudar por "livre e espontância vontade"), um milhão de lives e coaches...

E a saúde mental das pessoas sendo colocada a prova, eu que estava com o projeto de começar uma terapia acabei tendo que adiar, por motivos diversos. Mas mesmo sem começar a terapia, era o momento que eu precisava entender o cenário e como isso iria repercurtir na minha vida e na vida das pessoas que amo e estão próximas a mim.


Quem me acompanha nas mídias sociais já me ouviu dizer várias vezes que sou apaixonada por psicologia e gosto muito de estudar sobre o assunto e quem, assim como eu, também gosta, sabe que as pessoas e o ambiente em que vivemos influencia diretamente na nossa saúde mental, portanto, temos que ficar atentos ao meio em que estamos inseridos e para quem acredita em espiritualizadade, como eu, atentos também as energias que transmitimos e que estão ao nosso redor, para podermos filtrar se recebemos ou não.

Passei a semana refletindo sobre isso, do trabalho para a casa, academia fechada (minha válvula de escape) e não demorou muito para a ansiedade voltar, a incerteza, a falta de informação, o medo, a dúvida. Foi uma semana de reflexão total, fiquei tão calada que as pessoas chegaram a notar e me perguntar se eu estava bem.

Uma semana se passou e novamente outra sexta, dessa vez diferente, todos conscientes da importância de ficar em casa, fiz home office e pude conversar com vários amigos e alguns parentes que estão perto e longe: Minas, Sampa, Rio, França, Polônia, Canadá, Portugal, Inglaterra Chile...

Pude acompanhar os posts, os stories, trocar sentimentos e então constatei que estávamos diante de uma enorme crise de saúde sim, porém, também estávamos diante de uma ótima oportunidade de nos conhecermos melhor, estreitar laços com nossos amigos, família e refletir, sobre o quanto nossa vida importa e o quanto, às vezes, é necessário parar.



Parar para ouvir a nós mesmos, nosso corpo, nossas necessidades, nossos medos, falhas, faltas, acertos, nossa positividade. Curtir nossa companhia, mergulhar nas nossas mentes, discutir filosofia, sociologia, trocar ideia, produzir conteúdo, chorar...

Uma montanha-russa de emoções e sensações que nos acomete nesse momento, como talvez já tenham nos acometido em outros momentos da vida, mas que agora podemos tentar entender. Temos tempo, estamos em casa.

E no domingo gripei. Confesso que no domingo eu estava tranquila, mas na segunda e na terça que eu só piorava fiquei com bastante medo e até tive um pouquinho de falta de ar, controlei a respiração, conversei com amigos médicos e fiz uma consulta on-line na unimed, era só ansiedade, até então tudo bem. Então decidi me acalmar. Tomei meus remédios contra a gripe e para dor de cabeça (melhor não falar para não se automedicarem rsrs) e chá. Marido fez uma sopa e ficamos conversando.



Ví gente produzindo, ví gente sendo solidária, ví gente sendo egoísta, me surpreendi positiva e negativamente com várias pessoas, mas a cada dia me sentia um pouco mais forte e como se minha visão e percepção ficassem mais claras.

Eu, que tabalho com marekting na área da educação, tive muito trabalho e sempre depois dessa frase digo: "Graças a Deus", porque em um país com 11,6 milhões de desempregados, ter muito trabalho é gratificante, é a certeza de que estamos sendo úteis e produzindo, vamos manter nosso emprego. 

Escolas fechadas e muito trabalho, aulas on-line, lives, marketing digital, mudanças e oportunidade. Eu gosto de desafios e novidades, de verdade, não uso só para parecer bonitinho em entrevistas, meetins, worshops e hackathons não rsrs

E ví mais gente produzindo, pessoas que passei a adminirar ainda mais, pessoas sendo solidárias e contribuindo com conteúdo gratuito para ajudar as pessoas a passarem melhor pela quarentena. 



Destaque para a Anitta, que já falei dela aqui, quando ela lançou vai malandra, se não viu o post clica para conferir. E não é novidade que admiro o trabalho dela e não digo apenas como cantora e compositora, mas como uma mulher de negócios, que crê no seu trabalho e sonhos, que luta contra a discriminação do seu gênero, tanto como mulher, quanto como musical...

E também um destaque, mais que especial a todos das áreas de saúde, segurança pública, limpeza urbana, entre tantas outras que são compostas por profissionais que gratuitamente ou remuneradamente não pararam, não estão em casa e estão prestando seus serviços com uma carga ainda maior diante dessa situação.

Confesso que me irritei um pouco com as cobranças sociais, os compromissos com palmas, orações, desafios, mas nem se comparou com minha profunda irritação com a reação de alguns frente ao descaso com a saúde de todos, desrespeitando as orientações de higiêne e isolamento.


Mas tive motivos para me alegrar ta
mbém, além de artistas e grandes empresas, também pessoas como eu e você, mostrando seus dons culinários, com atividades manuais, cedendo trabalhos gratuitos, tem sido muito bonito de ver. 


E hoje na terceira sexta-feira, eu não só retornei ao blog, como também estou oferecendo apoio com dicas e consultoria de marketing digital, projeto e negócios para pequenos empresários e autônomos, para trazer, quem sabe, um pouquinho de luz em tempos sombrios.

E vocês, como estão???




Até a próxima
Th@is
💋


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